Os Lucros Acadêmicos, o Futuro Laboral e a Equidade Educativa


Cecilia Braslavsky
y Gustavo Cosse
Resumo


Hoje em dia, estão-se produzindo uma série de processos associados às interdependências crescentes que, em alguns casos, reproduzem e aprofundam uma série de desigualdades características das últimas décadas do século XX. Mas, ademais, aparecem novas desigualdades que antes se desconheciam ou que tinham um impacto relativamente baixo. Essas desigualdades podem classificar-se, por um lado, em relação ao trabalho, aos bens materiais, aos serviços e aos bens culturais. Por outra parte, também podem classificar-se segundo escalas geográficas, isto é, em internacionais, interregionais, intra nacionais e locais. Apesar de que é possível realizar estas classificações, todas as desigualdades estão interrelacionadas entre si.

As desigualdades não são sempre nem necessariamente negativas, mas se transformam em tais quando estão sócias a diferenças explicáveis pela situação social. As desigualdades “negativas” se associam a uma série de processos que começaram faz já tempo: i) a diminuição do trabalho necessário para a produção de bens e serviços requeridos para a satisfação das necessidades básicas da sociedade mundial; ii) a mudança no espectro dos trabalhos formais existentes e seu dualización entre trabalhos nos quais se introduz progresso técnico, por um lado, e outros muito rutinizados e mecanizados, iii) a rapidez das mudanças nos perfis das ocupações, iv) a aceleração dos processos de flexibilização trabalhista e a conseqüente separação cada vez mais intensa entre os trabalhos formais e os não formais por um lado e entre trabalho protegido e não protegido por outro e v) a modificação das escalas nas que se realiza e resolve o destino trabalhista das pessoas, com a exacerbação das desigualdades nas possibilidades trabalhistas segundo se trate de perfis “internacionalizados” ou “não internacionalizados”.

Diferentes grupos resultam particularmente afetados por esse conjunto de processos. Em primeiro termo, os imigrantes provenientes de países pobres para países mais ricos estão no maior dos riscos. Por outra parte, os jovens pobres de grupos originários dos países receptores se sentem também em situação de indefensão. Frente a este conjunto incompleto de questões que configuram a assim chamada “sociedade de risco” se reanima o debate respecto da igualdade ou a equidade, em general, e da equidade educativa, em particular.

Referência original:
Braslavsky, C. y Cosse, G. (2003). Los logros académicos, el futuro laboral y la equidad educativa. Ponencia presentada en la Universidad Autónoma de Barcelona, Febrero de 2003.


Palavras chave


Reforma educativa, Latinoamérica, política educativa.

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Referência

Braslavsky, C. y Cosse, G. (2006). Los Logros Académicos, el Futuro Laboral y la Equidad Educativa. Revista Electrónica Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 4(2e), pp. 58-83.
http://www.rinace.net/arts/vol4num2e/art4.pdf. Consultado el (Fecha).