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OS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE NO BRASIL: PERFIL E A METODOLOGIA DE ENSINO DOS EUS DOCENTES

Em pesquisa sobre estilos de aprendizagem, Valente, Kusnik e Abib (2007) relataram uma grande dicotomia nos modos preferidos de aprender e ensinar de discentes e docentes. Essas preferências podem ser influenciadas por diversos aspectos característicos de cada aluno ou professor e a identificação destas características pode contribuir para a adoção de metodologias que minimizem o distanciamento entre essas preferências.

Neste sentido, esta pesquisa tem o objetivo de identificar e avaliar o perfil dos professores e a metodologia de ensino utilizada nos Programas de Mestrado em Ciências Contábeis e Administração, cadastrados na página da ANPAD (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração). 

Na tabela 1 a seguir, cujas informações foram extraídas na página da internet da ANPAD, observa-se que a região Sudeste concentra 44 cursos, que representam 47% dos Programas de Mestrado em Administração e Contabilidade. Em seguida, a região Sul com 23 e a região Nordeste com 19 detêm 25% e 20% dos programas, respectivamente. As regiões Centro-Oeste e Norte reúnem, juntas, apenas 7 programas - 7% do total.

Tabela 1. Quantidade de Programas de Mestrado em Administração e Contabilidade por região

PROGRAMA REGIÃO

NORTE

NORDESTE

C. OESTE

SUDESTE

SUL

TOTAL

AM

PA

RO

BA

CE

PB

PE

RN

MS

DF

ES

MG

SP

RJ

RS

PR

SC

ADMINISTRAÇÃO

 -

1

1

2

2

1

1

3

1

2

2

12

16

7

5

7

7

70

CONTABILIDADE

1

 -

1

2

1

5

1

1

1

1

3

2

1

1

2

23

TOTAL

1

1

1

3

4

2

6

4

1

3

3

13

19

9

6

8

9

93

Fonte: Adaptado de ANPAD (2012)

Observa-se que, dentre as 27 unidades da federação, 10 Estados não oferecem à comunidade acadêmica programas de mestrado em administração ou em contabilidade, o que demonstra uma distribuição irregular dos programas entre as Unidades da Federação. Depreende-se, ainda, que 70 programas cadastrados na ANPAD, equivalentes a 75% do total, são mestrados em administração, demonstrando uma preponderância significativa em relação aos programas de contabilidade.

Costa (2011) realizou um mapeamento da produção acadêmica dos docentes por distribuição geográfica, com base na análise de amostra composta de 1175 artigos, extraídos de 27 periódicos selecionados entre 2000 e 2009, e de 237 docentes vinculados aos 18 Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis existentes no país naquela ocasião. Conforme sua pesquisa, a região Sudeste detém o maior percentual de produção docente dos Programas de Pós-graduação em Ciências Contábeis, com 64,03%; em seguida, vem a região Sul, com 18,84%; as regiões Nordeste e Centro-Oeste registram 11,51% e 5,39%, respectivamente; e, por último,  a região Norte apresenta o percentual de 0,24% referente à produção docente.

As atividades científicas no país vêm sendo avaliadas por sistemas cada vez mais desenvolvidos e a educação superior tem acompanhado essa tendência, especialmente no que se refere à avaliação dos cursos de pós-graduação. Na identificação dos processos de avaliação dos Programas de Pós-Graduação no país são elencados dois indicadores: indicador de produtividade do pesquisador e indicador de qualidade. O primeiro estabelece os parâmetros de produtividade científica anual do pesquisador (elaboração de artigos nacionais e internacionais; divulgação de artigos em congressos nacionais e internacionais; e orientações de Mestrado e Doutorado concluídos). O segundo indicador busca estabelecer uma relação entre a produção intelectual dos pesquisadores e a avaliação do programa ao qual pertencem. Este indicador é de grande importância para avaliação dos programas de pós-graduação relacionados às áreas de administração, contabilidade e turismo, pois 35% da nota total é dada pela produção intelectual dos seus docentes (Venturini, Pereira, Nagel, y Beltrame, 2008).

Observa-se que existem grandes diferenças entre as regiões do país, quando comparadas a produção acadêmica dos docentes e a quantidade de programas. Essas diferenças também podem ser observadas quando relacionados os índices de desenvolvimento humano de cada uma delas. Venturini et al., (2008) observam que existe uma maciça concentração dos programas de pós-graduação nas regiões mais ricas e desenvolvidas do país.

O estudo apresenta uma abordagem descritiva quanti-qualitativa utilizando um questionário com 17 perguntas fechadas, destinadas aos docentes dos mestrados. Considerando a perspectiva de crescimento destes programas, a pesquisa se faz relevante por demonstrar a importância da manutenção de ferramentas de avaliação de programas, bem como permitir uma reflexão sobre o perfil dos professores participantes dos programas de mestrado em administração e contabilidade do país e das metodologias de ensino por eles utilizadas.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

Para Slomski e Martins (2007, p.4), a edificação e a tonificação da “identidade profissional” necessitam compor o currículo e a prática educativa nas Instituições de Ensino Superior. Recentemente, os pesquisadores na área de formação docente têm reforçado o discurso acerca da relevância do aprimoramento pessoal e profissional do docente no ambiente profissional por meio da “educação ou formação continuada”. Adicionalmente, novas orientações investigativas acerca da constituição e aperfeiçoamento profissional dos docentes e recentes descobertas na seara da didática do ensino superior propiciaram agitação e questionamento acerca de como tem sido formada e revigorada a identidade profissional dos docentes que labutam nos cursos de Ciências Contábeis no Brasil. Slomski e Martins (2007, p.11) destacam que “na medida em que os professores formam, também se formam, ou seja, constituem-se como docentes.”

Bordenave e Pereira (2007), em pesquisa sobre estratégia de ensino-aprendizagem, analisam os principais problemas que os professores encontram no ensino de suas disciplinas e classificam as formas de ensinar em dois métodos: a metodologia educacional bancária e a problematizadora.
Araújo, Santana e Carneiro (2009), em estudo sobre a prática da educação problematizadora, observam que a formação de um profissional para atender as expectativas do mercado de trabalho pode estar relacionada com o método de ensino adotado pelo docente durante o processo de ensino-aprendizagem.

Costa (2011) descreve as características da produção docente dos Programas de Pós-graduação em Ciências Contábeis, baseando-se em 27 periódicos selecionados, levando em consideração a metodologia empregada e a área da pesquisa entre os anos de 2000 e 2009. O resultado da pesquisa revela que, pelo ranking geral, o programa da Universidade de São Paulo (USP) foi o que mais se destacou. 

Goddard (2010), em estudo comparando artigos publicados internacionalmente, apura que existe um número expressivo de pesquisas publicadas em periódicos de países de língua inglesa, corroborando a importância desta língua para os pesquisadores.

Leal e Cornachione (2006), em estudo sobre o ensino de contabilidade, perceberam que a utilização da aula expositiva como único método de ensino pode acarretar alguns problemas, como a passividade do aluno, que não desenvolverá, no processo de ensino-aprendizagem, habilidades como o espírito crítico e participativo, tão importantes para o exercício da sua profissão. Os pesquisadores observaram que os alunos submetidos ao método expositivo combinado com participação tiveram melhor desenvolvimento de competências do que aqueles submetidos unicamente ao método de exposição.

Segundo Christensen, Garvin e Sweet (1991), no livro Education for Judgment, a maioria dos professores concorda que o objetivo da educação é desenvolver o pensamento independente, para proporcionar uma reflexão e uma discussão crítica sobre pontos de vista de outras pessoas. Entretanto existe uma grande dificuldade em operacionalizar esse método de ensino. Os instrutores são vistos como autoridades em sala de aula e teoricamente possuem maior conhecimento e experiência que os estudantes que ficam mais vulneráveis, na maioria das vezes. Segundo o autor, o professor deve aceitar os argumentos contrários e evitar usar seu poder em sala de aula para direcionar a discussão.

Martins e Monte (2009), em estudo sobre o perfil dos mestres egressos de um programa de pós-graduação em ciências contábeis, relatam que a maioria dos mestres são homens, possuem aproximadamente 39 anos e são casados. A pesquisa ratificou, ainda, os preceitos da Teoria do Capital Humano, tendo em vista a influência da referida escolaridade na empregabilidade e na renda daqueles profissionais.

Nasri (2008), em pesquisa sobre o envelhecimento populacional, observa que a quantidade de idosos com idade acima de 65 anos aumentará em velocidade acelerada e a população jovem diminuirá. A modificação da pirâmide etária brasileira pode trazer grandes oportunidades e desafios para o país, mas pode também levar a sérios problemas sociais e econômicos.

Salles e Oliveira (2004), em pesquisa sobre o mesmo tema, revelam a influência do envelhecimento da população no capital intelectual das empresas, tendo em vista a participação cada vez maior de idosos nas atividades das empresas.

Silva (2006) utilizou o questionário Index of Learning Styles (ILS) de Felder e Soloman (1991) para avaliar o impacto dos estilos de aprendizagem no ensino de contabilidade. Os resultados mostraram que, entre os alunos, predominam os estilos de aprendizagem ativo, sensorial, visual e sequencial e, entre os professores, os estilos reflexivo, intuitivo, visual e sequencial. Nas disciplinas predominaram os estilos reflexivo, sensorial, verbal e sequencial.

Slomski (2008), em estudo sobre os saberes importantes na prática pedagógica dos professores, identificou que a experiência na profissão tem sido responsável por estruturar e dar sentido à prática pedagógica dos docentes de Ciências Contábeis.

Valente, Kusnik e Abib (2007), em estudo sobre análise dos estilos de aprendizagem de alunos e professores, identificam que existe grande diferença entre os modos preferidos de aprender dos alunos e de ensinar dos professores. A maior parte dos docentes prefere ensinar conceitos e fundamentos, transmitindo conhecimento para os alunos. A maior parte dos alunos, entretanto, prefere aprender sendo encorajados a experimentar, descobrir e expandir os seus limites intelectuais.

Venturini et al., (2008), em pesquisa sobre o perfil dos docentes participantes de programas de pós-graduação em contabilidade, identificaram que 44% dos docentes estão na região Sudeste do país e que os pesquisadores com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tiveram média 61,48 pontos no triênio 2004-2006, enquanto os não bolsistas tiveram média de 25,79 pontos. Por fim, relatam o crescimento da  produção científica da área no triênio 2004-2006.

2. METODOLOGIA

Conforme sistema de categorias para análise de dados apresentado por Duarte, Ramalho, Autran e Paiva (2009, pp. 179-180), este estudo pode ser classificado como: quanto à natureza: quanti-qualitativa (“quando há coexistência de interpretação quantitativa e qualitativa dos dados”); quanto ao nível: descritivo (“o objetivo é descrever um fato ou fenômeno e um levantamento das características”); quanto ao delineamento: pesquisa-levantamento (“a informação é buscada diretamente com o grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja obter e são analisados quantitativamente”); e quanto ao método: indutivo (“parte de dados particulares para o geral, é realizado em três etapas: observação dos fenômenos, descoberta da relação entre eles e generalização da relação”).

A unidade de análise foi o corpo docente dos Programas de Mestrado em Ciências Contábeis e Administração no país. A opção por investigar este grupo de professores decorre do acesso à base de dados livremente disponibilizada pela ANPAD em sua página na internet, cujo conteúdo contemplava informações sobre os programas de pós-graduação associados, em especial os endereços eletrônicos dos docentes em lide. Adicionalmente, por serem docentes pertencentes aos quadros de programas de pós-graduação compromissados com o desenvolvimento de pesquisas, é razoável inferir que estes docentes sejam mais propensos a contribuir com a pesquisa.

Foi elaborado um questionário por meio do pacote de aplicativos “googledocs”, que permitiu o encaminhamento do questionário a um grande grupo de destinatários. O documento foi disponibilizado no link <https://spreadsheets.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dC1MX1VXTDFRdFhiWHI2aVBqZFN6R2c6MA>, sendo composto por 17 perguntas fechadas. No período de 30 de junho de 2011 a 07 de julho de 2011, foram enviadas 1196 correspondências eletrônicas a todos os docentes dos programas.

Foi delimitado o prazo de 10 (dez) dias para resposta aos questionários. Decorrido o prazo, apuraram-se, ao final, 93 respondentes. A pesquisa é caracterizada como um estudo exploratório-descritivo, apoiado no método indutivo e nas técnicas de revisão bibliográfica e pesquisa documental.

Marconi e Lakatos (1999) destacam que toda pesquisa possui suas limitações. Um dos limites da investigação é que, por vezes, não se consegue abranger todo o universo de ocorrências sobre determinado fato. A análise deste estudo foi feita apenas com os  respondentes do questionário, cujos resultados reportados não podem ser generalizados.

O questionário baseou-se em reflexões dos pesquisadores e em contribuições do modelo utilizado por Silva (2006) em sua pesquisa sobre “o impacto dos estilos de aprendizagem no ensino de contabilidade”. O documento foi subdividido em 4 subníveis: dados pessoais, metodologia de ensino, característica das disciplinas ministradas, e engajamento do docente em pesquisa, sua participação em eventos acadêmicos e domínio de idioma estrangeiro.

3. RESULTADO E DISCUSSÃO

3.1. Dados pessoais

Acerca da idade dos participantes, observa-se que 2% dos respondentes têm até 30 anos; 22% têm de 31 a 40 anos, 36% tem de 41 a 50 anos e 25% de 51 a 60 anos. Por fim, com mais de 60 anos estão enquadrados 15% dos respondentes.

Gráfico 1. Idade dos docentes
1

As informações constantes do gráfico demonstram que 76% dos  respondentes estão compreendidos na faixa etária que abarca adultos de meia idade (40 a 65 anos) e adultos idosos (idade superior a 65 anos).

Gráfico 2. Gênero dos docentes

2

Nasri (2008), em estudo sobre o envelhecimento populacional no Brasil, observa  que o grupo etário composto por pessoas acima de 65 anos mostrou um crescimento de 3,5% em 1970 para 5,5% em 2000, indicador influenciado pela redução na taxa de fecundidade, seguida do aumento da expectativa de vida. Aquele pesquisador prevê que, em 2050, esse grupo responderá por 19% da população brasileira, ocasionando uma grande modificação na pirâmide populacional brasileira. Oliveira e Salles (2004) acrescentam que a mudança no perfil da população implicará em um grande impacto na forma de gerir, capacitar e absorver o capital intelectual nas organizações. Acrescenta, ainda, que a aquisição e a retenção do conhecimento dessa população idosa, extremamente qualificada, no caso dos docentes em questão, serão observadas de diversas formas, em especial por meio de contratações como especialistas e consultores, sob a forma de contrato de trabalho parcial ou por meio de processos de terceirização.

No que tange ao sexo, nota-se a predominância do sexo masculino, representado por 65% dos respondentes contra 35%  do sexo feminino.

Apesar de a maioria dos respondentes ser composta por indivíduos do sexo masculino, convém mencionar que a participação feminina nas atividades afetas ao saber contábil vem crescendo: segundo informações constantes do Balanço Socioambiental do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) referente ao ano de 2010, do total de profissionais ativos, 41,13% são do sexo feminino, correspondendo a um aumento de 4,13 % em relação aos anos anteriores (2005-2009), quando o percentual correspondia a 37%.

Quanto à atuação nos programas de mestrado, nota-se que 71% dos docentes atuam somente nos mestrados em administração, 18% militam exclusivamente nos mestrados em contabilidade e 11% dos respondentes estão vinculados aos dois programas.

Gráfico 3. Área de atuação dos docentes
3

Analisando a titulação dos respondentes, observa-se que 82% são Doutores, 8% possuem pós-doutorado e 10% são Livre-Docentes. Costa (2011), durante análise da produção acadêmica dos docentes dos programas de pós-graduação stricto sensu em Ciências Contábeis, revela que 68% são doutores, 21% são pós-doutores e 11% são livre-docentes. Comparando as pesquisas, pode-se depreender uma tendência de aumento na produção acadêmica daqueles docentes que concluem o pós-doutorado.

O Relatório de Divulgação dos Resultados Finais da Avaliação Trienal dos Programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil, divulgado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, 2010), aponta que a oferta de cursos de pós-graduação continua com forte taxa de crescimento, tendo apresentado uma elevação de 20,8%, quando comparado com o período de 2007 a 2009. Adicionalmente, o mesmo relatório revela o aumento do número de Mestres e Doutores titulados em todos os programas de pós-graduação do país naquele triênio, conforme tabela 2, a seguir.

Especificamente nos programas de pós-graduação em administração e contabilidade, o relatório da CAPES aponta um crescimento significativo no número de doutores e mestres titulados nos últimos triênios.

Gráfico 4. Titulação dos docentes
4

Tabela 2. Número de mestres e doutores titulados em todos os programas de pós-graduação do país, no triênio 2007-2009

art14 t2
Fonte: CAPES (2010)

Tabela 3. Número de mestres e doutores titulados nos programas de pós-graduação em administração e ciências contábeis nos últimos triênios

PROGRAMA \ TITULAÇÃO

TRIÊNIO

2009-2007

2006-2004

DOUTOR

MESTRE

DOUTOR

MESTRE

ADMINISTRAÇÃO

392

4389

291

3651

CONTABILIDADE

38

633

18

502

TOTAL

430

5022

309

4153

Fonte: CAPES (2010)

No período 2009-2007, o número de  mestres titulados em administração e contabilidade aumentou em 20% e 26%, respectivamente, em relação ao triênio anterior. O número de doutores titulados sofreu um impacto bem maior quando comparados os dois triênios; os programas de doutorado em administração titularam, no triênio 2009-2007, 35% mais doutores do que no triênio anterior, enquanto nos programas de doutorado em ciências contábeis houve um aumento de mais de 100%  no número de doutores titulados. Acompanhando essa tendência, o número de docentes dos programas de pós-graduação também aumentou significativamente nos dois últimos triênios, conforme tabela abaixo.

Tabela 4. Taxa relativa de crescimento de mestres e doutores titulados e docentes dos programas de pós-graduação em administração e ciências contábeis, nos dois últimos triênios

PROGRAMA \ TITULAÇÃO

DOUTORES

MESTRES

NÚMERO DE DOCENTES

ADMINISTRAÇÃO

35%

20%

31%

CONTABILIDADE

111%

26%

61%

Fonte: CAPES (2010)

Pelas tabelas apresentadas anteriormente, os cursos de pós-graduação stricto sensu de administração e contabilidade acompanharam as tendências dos outros cursos de pós-graduação. Apresentaram aumento de número de Mestres e Doutores titulados, bem como do número de docentes vinculados a esses programas de pós-graduação, quando comparados os últimos triênios.

Martins e Monte (2009) afirmam que as pessoas com patamares mais elevados de educação têm maiores probabilidades de auferir proventos mais altos e acrescentam que, em média, o incremento de um ano de escolaridade eleva a renda em mais de 10%. Em vista disso, futuramente poderá haver alteração nos percentuais de docentes com titulação doutor, pós-doutor e livre-docente, nos programas de pós-graduação em Administração e Ciências Contábeis, pois existe um incentivo a formação continuada.

Venturini et al., (2008) destacam que, ao contrário do que se observa em alguns cursos de graduação, existe um rigoroso sistema de controle permeando os cursos de pós-graduação stricto sensu. Apesar do grande número de mestres e doutores lançados no mercado a cada ano, parece haver uma preocupação com a qualidade da formação desses indivíduos, em especial no que se refere aos aspectos qualitativo e quantitativo das dissertações e teses defendidas.

4. METODOLOGIA DE ENSINO

No que tange à metodologia de ensino utilizada pelos docentes, observa-se que 54% deles conhecem a metodologia dialógica proposta por Paulo Freire, enquanto que 46% a desconhecem. Para Araújo, Santana e Carneiro (2009, p.14), Paulo Freire escreveu a obra Pedagogia da Autonomia para todas as categorias de educadores, sem distinção, e vislumbrava que os saberes por ele enunciados deveriam “ser conteúdos obrigatórios à organização programática da formação docente em qualquer nível.”.

Gráfico 5. Docentes que conhecem a metodologia dialógica proposta por Paulo Freire
5

Apesar de a maioria conhecer a metodologia, nota-se que somente 22% dos respondentes a aplicam em suas aulas, enquanto 78% dos respondentes não a utilizam em sala de aula.

Em pesquisa sobre o tema, Forner (2005) procurou justificar o desconhecimento de Paulo Freire no meio educacional brasileiro e a pouca utilização da metodologia de ensino que ele propôs. Segundo o pesquisador esse “esquecimento” se justifica por diversas razões: Paulo Freire era um crítico do sistema político da época e sua obra foi pouco divulgada; ele sofreu resistência por parte de instituições e professores; e havia influência de teóricos com pontos de vista diferentes.

Gráfico 6. Docentes que utilizam a metodologia dialógica proposta por Paulo Freire
6

Bordenave e Pereira (2007) classificam as formas de ensinar em dois métodos: a metodologia educacional bancária e a problematizadora. Araújo et al., (2009) acrescentam que, na metodologia educacional bancária, observa-se a transferência de conteúdo e experiências do professor ao aluno. Trata-se de uma metodologia tradicional, na qual o docente assume o papel de expositor do conteúdo, enquanto o aluno posiciona-se como receptor das informações transmitidas pelo Professor. Acrescentam que nesta metodologia tradicional as classes são expositivas e não há o fomento pelo docente do senso crítico do aprendiz. Na metodologia problematizadora, discente e docente participam ativamente no ensino e na aprendizagem. Diálogo, debates e consenso entre esses atores ocorrem constantemente. O discente sente-se desafiado quando está diante de um problema e o professor assume a função de facilitador no processo de construção de conhecimento, que agora conta ativamente com a participação de um aluno autônomo e crítico. Não se pode abordar essa metodologia educacional sem se debruçar sobre a obra de Paulo Freire, que deixou grande legado para a construção docente, materializado na obra Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.

5. CARACTERÍSTICAS DAS DISCIPLINAS MINISTRADAS PELOS DOCENTES RESPONDENTES

Para Silva (2006), os docentes necessitam adaptar suas práticas, competências e saberes às necessidades das instituições de ensino em que militam, ofertando, dessa forma, suas contribuições para a construção do ambiente acadêmico. Segundo Forner (2005), para Paulo Freire a educação é um processo no qual o professor e o aluno aprendem juntos, numa relação horizontal mediada pelo diálogo. Nessa relação o homem pensa e discute sobre sua condição de vida e de sua sobrevivência, inserindo, no contexto educacional, suas angústias e alegrias.

Slomski (2008) procurou abordar o conjunto de saberes que alicerça e orienta a conduta pedagógica dos docentes que atuam na graduação em Ciências Contábeis no Brasil. A pesquisadora reconhece que o docente que atua nessa área não recebeu uma formação orientada fortemente para o magistério; sendo assim, vai pautar os seus encontros na própria experiência profissional e acadêmica e nas contribuições de alunos e outros professores, forjando, dia a dia, o seu arcabouço pedagógico. Araújo et al., (2009) acrescentam que, além de Slomski, outros pesquisadores procuraram identificar e relacionar o conjunto de saberes que orientam a atuação do professor e acrescenta que Freire (2008), na sua obra Pedagogia da Autonomia, elenca um rol de 27 saberes necessários à prática docente.

Felder e Soloman (1991) explicam resumidamente as preferências de estilo de aprendizagem obtidas com o Índice de Estilos de Aprendizagem. Em uma comparação entre as práticas de aprendizagem ativa e reflexiva, observa-se que a primeira compreende a retenção e a compreensão de informações, discutindo, aplicando conceitos ou explicando a pessoas. Neste modelo de aprendizagem, os alunos gostam de trabalhar em grupos. Na aprendizagem reflexiva, os alunos precisam de um tempo para sozinhos pensar sobre as informações recebidas, preferindo os trabalhos individuais.

No que tange à metodologia de ensino da disciplina, à postura pedagógica do professor, percebe-se que 46% dos respondentes consideraram suas classes como ativas: aulas marcadas por discussões, aplicações práticas, experimentos e trabalhos em grupo. Por outro lado, 54% avaliaram suas aulas como reflexivas: marcadas por reflexões sobre o assunto e elaboração de trabalhos individuais.

Gráfico 7. Características  das aulas: ativa X reflexiva
7

Leal e Cornachione (2006), em pesquisa sobre o ensino em contabilidade, perceberam que a utilização da aula expositiva como único método de ensino pode acarretar alguns problemas, como a passividade do aluno, que não desenvolverá no processo de ensino-aprendizagem habilidades como o espírito crítico e participativo, tão importantes para o exercício da sua profissão.

Valente et al., (2007) constataram que existe uma discrepância entre o modo preferido de aprender dos alunos e o modo de ensinar dos professores. A maior parte dos docentes prefere ensinar através de conceitos e fundamentos, transmitindo habilidades para que os alunos saibam como fazer as coisas. Os alunos, entretanto, em sua maioria preferem aprender com professores que encorajam a aprendizagem experimental e a autodescoberta, e que procuram incentivar o desenvolvimento intelectual de seus alunos. Por fim, ressaltam a necessidade de revisão dos atuais métodos de ensino utilizados pelos professores, adequando-os aos diferentes modos de aprender dos alunos.

Segundo Christensen et al., (1991), a maioria dos professores concorda que o objetivo da educação é desenvolver o pensamento independente, para proporcionar uma reflexão e uma discussão crítica sobre pontos de vista de outras pessoas. Entretanto existe uma grande dificuldade em operacionalizar isso.  Os instrutores são vistos como autoridades em sala de aula e teoricamente possuem maior conhecimento e experiência que os estudantes que ficam mais vulneráveis, na maioria das vezes. Segundo o autor, o professor deve aceitar os argumentos contrários e evitar usar seu poder em sala de aula para direcionar a discussão.

Por meio da comparação entre as práticas de aprendizagem racional (sensorial) e intuitiva, Felder e Soloman (1991) descrevem que, na aprendizagem racional, os alunos preferem lidar com fatos concretos. São mais detalhistas, memorizam fatos com facilidade, saindo-se melhor em trabalhos práticos.  Na aprendizagem intuitiva eles preferem descobrir possibilidades e relações. Sentem-se mais confortáveis em lidar com novos conceitos, abstrações e fórmulas matemáticas. São mais rápidos no trabalho e mais inovadores.

Percebe-se que 48% dos respondentes consideraram suas aulas mais racionais ou  sensoriais: resolução de problemas por meio de procedimentos bem estabelecidos, contando com memorização e trabalhos experimentais. As aulas ministradas por 52% dos respondentes foram avaliadas como mais intuitivas, nas quais predominavam fórmulas matemáticas, abstrações e inovações, com pouca memorização e repetição.

Gráfico 8. Características das aulas: intuitiva X racional ou sensorial
8

Os mesmos pesquisadores analisam, ainda, as práticas de aprendizagem visual e verbal e explicam que, na primeira, os alunos lembram mais do que veem – figuras, diagramas, fluxogramas, filmes e demonstrações. Na aprendizagem verbal os alunos tiram maior proveito das palavras, especialmente em explicações orais.
Nota-se que 62% dos respondentes consideraram suas aulas como predominantemente verbais, adotando esquemas escritos e falados. Entretanto, 38% avaliaram os conteúdos ministrados como primordialmente visuais, adotando o formato de exposições simbólicas, gráficos, filmes, quadros e diagramas.

Gráfico 9. Características das aulas: verbal X visual
9

Por último, Felder e Soloman (1991) observam que os adeptos da aprendizagem sequencial preferem caminhos lógicos, pois aprendem melhor os conteúdos apresentados de forma linear e encadeados. Os adeptos da aprendizagem global preferem lidar com as informações de forma aleatória, sem estabelecer relações.

A pesquisa revelou que 55% dos respondentes avaliaram suas aulas como notadamente sequenciais, através da resolução de problemas por meio de etapas graduais e lógicas. Em complemento, percebe-se que as aulas de 45% dos respondentes foram avaliadas como predominantemente globais, consistindo em exposições marcadas pela resolução de problemas a partir de uma visão global e aleatória.

Gráfico 10. Características das aulas: sequencial X global

10

Engajamento do docente na pesquisa, participação em eventos acadêmicos e domínio de idioma estrangeiro.

Observa-se que 59% dos docentes sempre participam ou participam semestralmente de congressos, seminários e outros eventos acadêmicos; 28% participam anualmente; 10% a cada 2 anos; e 3% raramente participam.

Gráfico 11. Participação dos docentes em congressos, seminários e outros eventos acadêmicos

11

Nota-se que 53% dos docentes sempre participam ativamente em  projetos de iniciação científica e pesquisa, 40% frequentemente ou às vezes participam, enquanto 7% dos docentes raramente ou nunca participam dos eventos em lide.

Gráfico 12. Participação dos docentes em projetos de iniciação científica e pesquisa

12

7. PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

Em pesquisa comparando artigos publicados internacionalmente, Goddard (2010) percebe forte tradição na publicação de pesquisas em contabilidade pública em periódicos de países de língua inglesa, o que corrobora a importância desta língua para os pesquisadores.

Tabela 5. Número de artigos de revistas classificados pela residência dos autores

País

Número de artigos

Porcentagem

Europa

           Reino unido

42

22%

           Escandinávia

24

13%

           Outros

14

7%

Estados Unidos

71

38%

Austrália

22

12%

Ásia

7

4%

Países em desenvolvimento

2

1%

Canadá

6

3%

Total

188

100%

Fonte: Goddard (2010, p.78)

O quadro elaborado por Peleias, Silva, Segreti e Chirotto (2007), à luz das informações disponibilizadas nos sítios das entidades na internet, elenca em nível internacional algumas entidades dedicadas ao estudo e à pesquisa histórica contábil.

No que tange às habilidades com o idioma inglês, a pesquisa apurou que 95% dos docentes respondentes leem bem ou razoavelmente naquele idioma; 77% escrevem bem ou razoavelmente; 79% falam bem ou razoavelmente; e 92% compreendem, bem ou razoavelmente, o inglês. O resultado demonstra que os docentes integrantes dos programas de mestrado em contabilidade e administração possuem proficiência em inglês.

Quadro 1. Entidades dedicadas ao estudo e à pesquisa histórica contábil

art14 f15
Fonte: Peleias et al., (2007, p.21)

Tabela 6. Proficiência dos docentes em língua estrangeira

Idioma \ perfil

Lê bem ou razoavelmente

Fala bem ou razoavelmente

Escreve bem ou
razoavelmente

Compreende bem ou
razoavelmente

inglês

95%

79%

77%

92%

espanhol

89%

56%

43%

87%

francês

33%

14%

11%

26%

italiano

18%

8%

5%

18%

alemão

2%

2%

1%

2%

Fonte: Pesquisa direta

Quanto ao idioma espanhol, observa-se que 89% dos docentes respondentes leem bem ou razoavelmente naquele idioma; 56% declaram que falam bem ou razoavelmente o idioma; 43% dos docentes respondentes escrevem bem ou razoavelmente; e 87% dos docentes respondentes compreendem bem ou razoavelmente o idioma espanhol. O resultado demonstra que os docentes integrantes dos programas de mestrado em contabilidade e administração possuem proficiência em espanhol.

No que tange aos idiomas italiano, francês e alemão, o resultado da pesquisa demonstra que os docentes dos programas não possuem proficiência.

Apesar dos resultados encontrados, o estudo possui limitações que devem ser consideradas pelos leitores. A investigação compreendeu apenas os professores dos programas de Mestrado em Ciências Contábeis e Administração, cadastrados na página da ANPAD na internet. Notadamente, os resultados reportados e ensinamentos obtidos não representam o perfil da totalidade de professores do país, nem tampouco podem ser generalizados integralmente para todos os docentes dos programas investigados, uma vez que são afetos a realidades e características dos respondentes. Ademais, cumpre ressaltar que os resultados podem apresentar algum viés em vista do número limitado de respostas obtidas no questionário. 

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo da pesquisa foi identificar e avaliar o perfil dos professores e a metodologia de ensino utilizada nos Programas de Mestrado em Ciências Contábeis e Administração, cadastrados na página da ANPAD (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração). 

Pode-se perceber que os cursos de mestrado em administração e contabilidade vêm acompanhando as tendências de crescimento dos outros cursos de pós-graduação no país. O número de Mestres e Doutores titulados, bem como o número de docentes integrantes dos programas apresentou aumento significativo, quando comparados os últimos triênios.

O conhecimento dos docentes e das práticas pedagógicas por eles utilizadas poderá futuramente ser uma preocupação constante das instituições de ensino. As bases do ensino das Ciências Sociais são muito similares de instituição para instituição, até mesmo porque são estabelecidas por órgãos governamentais vinculados ao Ministério da Educação, em especial pela CAPES. Todavia, em função das dimensões continentais do Brasil e da distribuição irregular dos Programas de Pós-graduação em Administração e Contabilidade pelas cinco regiões geográficas do país, observam-se algumas particularidades dentro de cada Programa.  

Notou-se que, dentre as 27 unidades da federação, 10 Estados não oferecem à comunidade acadêmica programas de mestrado em administração ou contabilidade, o que demonstra uma assimetria na divisão dos programas entre os estados membros. Adicionalmente, percebeu-se que 70 programas cadastrados na ANPAD, 75% do total, são mestrados em administração, o que demonstra uma preponderância significativa em relação ao mestrado em contabilidade.

Quanto ao perfil dos docentes respondentes avaliaram-se dados como: idade, sexo, titulação, programas de pós-graduação em que atuam, participação em congressos, seminários e eventos acadêmicos, condução de projetos de iniciação científica e pesquisa, e, por último, proficiência em outros idiomas.

Os resultados apontaram que 76% dos respondentes estão compreendidos na faixa etária que abarca adultos de meia idade (40 a 65 anos) e adultos idosos (idade superior a 65 anos), faixa etária analisada em pesquisa conduzida por Oliveira e Salles (2004), a qual destaca que a aquisição e a retenção do conhecimento dessa população idosa podem ser observadas de diversas formas, em especial por meio de contratações como especialistas e consultores.

No que tange ao sexo, notou-se, entre os respondentes, a predominância do sexo masculino, representado por 65% dos respondentes. Apesar desta relativa superioridade numérica, convém mencionar que informações do Balanço Socioambiental do CFC, referente ao ano de 2010, apontam para um aumento da participação feminina nas atividades afetas ao saber contábil.

Apurou-se, também, que 71% dos docentes respondentes atuam exclusivamente nos programas em administração, 18% apenas nos programas em contabilidade e 11% dos respondentes estão vinculados aos dois programas. Na avaliação da participação docente, observou-se que 59% dos docentes sempre participam ou participam semestralmente de congressos, seminários e outros eventos acadêmicos; e 42% participam ativamente em projetos de iniciação científica e pesquisa.

Quanto à titulação, pode-se perceber que 82% dos respondentes são Doutores, 9% possuem pós-doutorado e 10% são Livre-Docentes. Costa (2011), durante pesquisa sobre análise sobre a produção acadêmica de docentes, revelou que 68% são doutores, 21% são pós-doutores e 11% são livre-docentes. Comparando as pesquisas, depreende-se uma tendência de aumento na produção acadêmica daqueles docentes que concluem o pós-doutorado.

Quanto ao estilo de aprendizagem obtido com o Índice de Estilos de Aprendizagem notou-se uma predominância dos estilos verbal, sequencial, reflexivo e intuitivo. O resultado corrobora a observação de Valente et al., (2007), sobre a existência de uma discrepância entre o modo preferido de aprender dos alunos e o modo de ensinar dos professores. A maior parte dos docentes prefere ensinar através de conceitos e fundamentos, transmitindo habilidades para que os alunos saibam como fazer as coisas. Os alunos, entretanto, em sua maioria preferem aprender com professores que encorajam a aprendizagem experimental e a autodescoberta.

Na avaliação do domínio de idiomas, o resultado demonstra que os docentes respondentes integrantes dos programas de mestrado em contabilidade e administração possuem proficiência em inglês e espanhol, permitindo a apreensão efetiva, e consequente transmissão aos seus discentes, do conhecimento disponibilizado em alguns dos principais eventos e publicações internacionais em contabilidade.

No que tange à metodologia de ensino utilizada pelos docentes respondentes, observa-se que 54% deles conhecem a metodologia dialógica proposta por Paulo Freire e, destes, apenas 21% a aplicam em suas aulas.

Por fim, a pesquisa demonstrou, ainda, um envolvimento dos docentes respondentes com o alunado, seja pela condução de projetos de pesquisa ou iniciação científica, como pela adaptação da metodologia de ensino ao seu público-alvo e uma preocupação dos docentes com a sua formação continuada, em especial com as titulações e com o domínio de idiomas, requisito para o sucesso das publicações em periódicos e congressos internacionais.

 

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