O sentido cotidiano da qualidade faz referência ao que “faz a uma pessoa ou uma coisa boa, melhor”. A OCDE definiu a qualidade em Educação em 1995, como aquela que consegue que todos os jovens adquiram conhecimentos, capacidades, destrezas e atitudes necessárias para desembrulhar-se adequadamente em sua vida adulta, uma vida caracterizada pela globalização e as migrações; isto é, uma vida na que convivem pessoas com diferentes referentes étnico-culturais. Nesta sociedade multicultural, a educação de qualidade é sinônimo de educação intercultural. A educação intercultural tem que assumir dois grandes reptos. Primeiro, favorecer o avanço nas etapas do cruzamento cultural entre os diferentes grupos étnico-culturais, possibilitando que os jovens desenvolvam identidades culturais sãs e, segundo, potenciar as concorrências para que sejam cidadãos ativos, críticos e responsáveis, com o fim de atingir uma sociedade autenticamente democrática. Neste artigo reflexionamos sobre a necessidade que tem o professorado de adquirir conhecimento das etapas do cruzamento cultural com o fim de planificar atividades que permitam avançar para a interculturalidade. Também é necessário que favoreça concorrências para que tanto o próprio mestre como seus alunos atuem como bons cidadãos na sociedade multicultural que lhes tocou viver.
Soriano, E. (2012). Planteamiento Intercultural del Currículum para su Calidad Educativa. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 10 (4), pp. 49-62.
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