Raczynski e Muñoz (2007) fizeram um percurso crítico da reforma educacional chilena, seus lucros e desafios pendentes, desde a perspectiva da efetividade e o melhoramento escolar. O artigo concluía que a reforma não tinha incidido quase nas práticas de trabalho assentadas nas escolas e o sala de aula e que o desafio da política educativa chilena era combinar medidas e decisões dirigidas a fortalecer o que ocorre no microcosmos de cada escola, reconhecendo e abordando ao mesmo tempo as restrições a seu desenvolvimento que derivam de fatores estruturais, fora do controle da escola, que punham teto a suas possibilidades de acercar-se à efetividade escolar. Este artigo analisa a aprovação e implementação, a partir do ano 2008, da Lei de Subvenção Escolar Preferencial (SEP) em Chile.
As hipóteses que orientam o trabalho são quatro: i) a SEP é uma nova forma de entender as políticas de melhoramento escolar e muda a relação entre a macropolítica e as escolas; ii) a força e forma com que esta lei “intervém” no sistema educativo está modificando a gestão do trabalho educativo nos centros escolares; iii) a Lei SEP cria novos “atores” no sistema escolar e de passagem modifica papéis e relações entre os atores pré-existentes; e iv) a SEP antecipa um novo ordenamento institucional e é prelúdio à instalação de um novo sistema de rendição de contas na educação escolar chilena que hoje está em curso.