Desde a chegada aos centros escolares do corpo discente com incapacidade no processo de mudança que supôs a integração escolar, a escola se moveu entre a resistência à mudança que esta inovação projetava e as vozes que em muitas ocasiões, de maneira individual, foram abordando as diferentes necessidades educativas de seu corpo discente, por considerá-las responsabilidade de um professorado que ainda não entende isto tão amplo e complexo como é a diversidade. Este caminho foi longo, com muitos obstáculos e da mão da obsoleta pedagogia da homogeneidade e da exclusão. Ainda que fica bastante caminho por percorrer, na atualidade muitos docentes seguimos empenhados na busca de soluções para a mudança desde a opção da educação inclusiva. O artigo que se apresenta pode ser uma mostra disso.
Este artigo descreve a investigação realizada nos centros escolares da província de Alicante, durante os cursos 2008/2009 e 2009/2010 com relação a aspectos relativos ao grau de formação do professorado e as práticas educativas que destes subyacen, com o fim de analisar os processos de mudança e inovação que se estão produzindo nos centros escolares para a consecução de uma educação inclusiva. Sua finalidade foi conhecer as demandas de formação do professorado e os aspectos que podem favorecer ou dificultar desde suas crenças, atitudes e aspectos formativos a implementação de práticas inclusivas. Tomando como referência os objetivos propostos nesta investigação e a partir dos resultados obtidos e a discussão dos mesmos, propusemos uma série de conclusões gerais que podem servir-nos de reflexão para avançar para propostas de melhora em centros desde a perspectiva da educação inclusiva.