Ainda na educação do século XXI existem ocos curriculares sem descobrir, novos caminhos que são vitais para a formação do Homem. Um deles é a morte, pois o Homem quiçá seja o único animal que se sabe muriente. E esta consciência de mortalidade imprime à finitud um caráter pedagógico, no sentido de seu potencial para que o ser humano estabeleça umas coordenadas a partir das quais atuar, crescer e desenvolver-se. É, portanto, um elemento pedagógico clave para a educação da liberdade. Nas últimas décadas estão surgindo linhas de investigação rigorosas e consolidadas que tratam de contribuir à normalização do tratamento educativo da morte em todas as etapas educativas. Este artigo trata de contribuir propostas metodológicas para uma Didática da Morte desde a criatividade artística, através de recursos como a arte efêmera, o movimento Ready-made ou a análise de culturas nas que a morte foi um tema dominante em sua expressão artística. As propostas são coerentes com modelos humanistas ou complexo-evolucionistas da criatividade, que enfatizam em suas possibilidades formativas para o ser humano. A criatividade artística como recurso de Pedagogia da Morte é um exemplo de criatividade aplicada para a formação, pois contribui importantes possibilidades para a expressão e a vivência simbólica da perda e a morte e, por tanto, para que o corpo discente elabore um conceito de morte mais amplo e complexo. Nas conclusões do artigo se reflexiona sobre a significativa relevância de uma possível Pedagogia da Morte integrada numa Educação para a Vida bem como das possibilidades da criatividade artística na Didática da Morte.
Palavras Chave
Pedagogia da Morte, Formação, criatividade artística, recurso didático, criatividade formativa.
Rodríguez, P. y Goyarrola, F. (2012). Propuestas Didácticas para una Pedagogogía de la Muerte desde la Creatividad Artística. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 10 (2), pp. 86-96.
http://www.rinace.net/reice/numeros/arts/vol10num1/art6.pdf. Acceso em (Data).